Poster (Painel)
197-1 | Biodegradação de diferentes concentrções de biodiesel em diesel | Autores: | Quiterio, G.M. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Cruz, J.M. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Bidóia, E.D. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) |
Resumo O gás natural e o petróleo e seus derivados são as maiores fontes de energia utilizadas atualmente e não são renováveis. Devido à escassez desses combustíveis fósseis, à alta necessidade energética no país, e às pressões ambientais aliados à crescente tecnologia de produção, o biodiesel se torna uma alternativa de fonte de energia e entra no sistema econômico como um combustível de grande importância.
Observando esta nova política e consciência em que os recursos renováveis estão mais bem cotados um problema surge, o perigo de contaminação por tais produtos.
Quando ocorre o derrame em ambientes, em geral, tratamentos físico-químicos são utilizados, demandando um alto custo de tratamento e, possivelmente, impactando a área pelo uso de agente químicos que atuam como dispersantes e/ou catalisadores.
Processos biológicos, por outro lado, são tecnologias limpas de descontaminação, promissoras principalmente por combinar simplicidade e custo-efetividade se comparado com outras alternativas. Assim, dentre as novas estratégias, a biorremediação emerge como a menos agressiva e a mais adequada para manutenção do equilíbrio ecológico.
No presente trabalho foram utilizados mistura de biodiesel em diesel nas proporções 1, 3, 5, 25 e 50% em tubos para o teste da atividade microbiana com 2,6-diclorofenol-indofenol (DCPIP). Para todas as concentrações foram feitas amostras com inóculo de Bacillus subtilis, com surfactante Tween® 80 e com ambos.
Os tubos foram acondicionados em estufa a 35°C e a absorbância foi medida em espectrofotômetro Hach Odissey DR-2500 a cada 8 horas até que a amostra mudasse de coloração azul para incolor,ou seja,até que o DCPIP seja totalmente reduzido.
Pudemos observar que o inóculo e o surfactante Tween® 80 influenciam a biodegradação e, consequentemente a descoloração do corante. Os sistemas com somente o inóculo mostraram-se menos efetivos que os sistemas com inóculo e surfactante.
Destaca-se que a mistura do biodiesel no diesel influencia de forma positiva na degradação biológica, porém não houve correlação entre maior quantidade de biodiesel e maior biodegradação, pois a taxa que mais favoreceu a biodegradação foi a de 5% de biodiesel em diesel.
Pode–se concluir que a mistura de biodiesel no diesel aumenta a sua biodegradabilidade quando utilizado Bacillus subitilis e surfactante, porém são necessários mais estudos para se determinar qual taxa é a mais biodegradável.
Palavras-chave: biodegradação, biodiesel, diesel |